quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

(1)-PRIMEIRAS ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As primeiras organizações religiosas da Terra tiveram, naturalmente, sua origem entre os povos primitivos do Oriente, aos quais enviava Jesus, periodicamente, os seus mensageiros e missionários.
Dada a ausência da escrita, naquelas épocas longínquas, todas as tradições se transmitiam de geração para geração através do mecanismo da palavra. Todavia, com a cooperação dos degredados de Capela, os rudimentos das artes gráficas receberam os primeiros impulsos, começando a florescer uma nova era de conhecimento espiritual, no campo das convicções religiosas.
Os Vedas, que contam mais de seis mil anos, já nos falam da sabedoria dos “Sastras”, ou grandes mestres das ciências hindus, que os antecederam de mais ou menos dois milênios, nas margens dos rios sagrados da Índia. Vê-se, pois, que a idéia religiosa nasceu com a própria Humanidade, constituindo o alicerce de todos os seus esforços e realizações no plano terráqueo.
Não podemos, porém, esquecer que Jesus reunira nos espaços infinitos os seres proscritos que se exilaram na Terra, antes de sua reencarnação geral nas vizinhanças dos planaltos do Irã e do Palmir.
Obedecendo às determinações superiores do mundo espiritual, eles nunca puderam esquecer a palavra salvadora do Messias e as suas divinas promessas. As belezas do espaço, aliadas à paisagem mirífica do plano que foram obrigados a abandonar, viviam no cerne das suas recordações mais queridas. As exortações confortadoras do Cristo, nas vésperas de sua dolorosa imersão nos fluídos pesados do planeta terrestre, cantavam-lhes no íntimo os mais formosos hosanas de alegria e de esperança. Era por isso que aquelas civilizações antigas possuíam mais fé, colocando a intuição divina acima da razão puramente humana. A crença, como íntima e sagrada aquisição de suas almas, era a força motora de todas as realizações, e todos os degredados, com os mais santos entusiasmos do coração, falaram d´ Ele e da sua infinita misericórdia. Suas vozes enchem todo o âmbito das civilizações que passaram no pentagrama dos séculos sem-fim e, apresentado com mil nomes diferentes, segundo as mais variadas épocas, o cordeiro de Deus foi guardado pela compreensão e pela memória do mundo, com todas as suas expressões divinas ou, aliás, como a própria face de Deus, segundo as modalidades dos mistérios religiosos.
Fora erro crasso julgar como bárbaros e pagãos os povos terrestres que ainda não conheciam diretamente as lições sublimes do seu Evangelho de redenção, porquanto a sua desvelada assistência acompanhou, como acompanha a todo tempo, a evolução das criaturas em todas as latitudes do Orbe. A história da China, da Pérsia, do Egito, da Índia, dos Árabes, dos Israelitas, dos Celtas, dos Gregos, dos Romanos e das demais estirpes, está alumiada pela luz dos seus poderosos emissários. E muitos deles tão bem se houveram, no cumprimento dos seus grandes e abençoados deveres, que foram havidos como sendo Ele próprio, em encarnações sucessivas e periódicas do seu divinizado amor. No Manava-Darma, encontramos as lições de Cristo; na China encontramos Fo-Hi, Lao-Tsé, Confúcio; nas crenças do Tibete, está a personalidade de Buda e no Pentateuco encontramos Moises; no Alcorão vemos Maomé. Cada estirpe recebeu os seus instrutores, como se fosse Ele mesmo, chegando das resplandecências de sua gloria divina.
Fonte: livro “A Caminho da Luz” pelo espírito Emmanuel
e psicografado por Francisco Candido Xavier

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