quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

(9)- EGIPCIOS

A historia do Egito, de acordo com a egiptologia, é conhecida com alguma certeza a partir do IV milênio a.C. Naquela epoca no país havia dois reinos: do Baixo Egito - ao norte, e do alto Egito - ao sul.
Por volta do ano 3000 a.C. começa a historia do Egito faraônico. Menfis foi a capital do Antigo Império – 2778 a 2000 a.C. (sempre de acordo com os mesmos egiptólogos), durante o qual foram construídas as pirâmides de Gizé. No fim do Médio Império – 2100 a 1580 – fundado pelos príncipes tebanos, foram repelidas as invasões dos Icsos.
No Novo Império – 1580 a 1100 – Tutmés I e Tutmés II conquistaram o alto Nilo e a Síria, enquanto Amenófis IV estabeleceu o culto ao Sol, e Ramsés II refreou as invasões Hititas. Nos séculos seguintes, o Egito ver-se-ia enfraquecido e fragmentado.
Em 525 a.C. foi conquistado pelos persas, e em 332 a.C. após ter sido invadido por Alexandre Magno, foi governado pelos lágidas até ser, em 30 a.C., anexado por Roma. Depois disso, Egito fez parte do império do oriente até que os árabes, em 600 d.C., se apoderaram dele.
Os fatímidas – a dinastia muçulmana que reinara na África do norte no século X, reinou no Egito de 969 a 1171, quando foram vencidos por Saladino. Por volta de 1250 o poder passou aos mamelucos, e em 1517 o Sultão Selim I, o cruel, se apossou do Egito e o reuniu ao império Otomano.
A expedição francesa ao Egito, comandada por Napoleão – 1798 a 1801 – deu inicio a epoca moderna. Meemet Ali, que se fez reconhecer paxá em 1805, teve sua autoridade confirmada pelo tratado de Londres em 1840. E o titulo de “Quediva” – soberano - foi concedido a Ismail em 1867. O canal de Suez foi inaugurado em 1869 e, desde 1874, os ingleses se tornaram os principais acionistas.
Quando Quediva, cujas finanças estavam deficitárias, teve de aceitar a tutela franco-inglesa, uma reação nacional, dirigida pelo coronel Arabi em 1882, levou os ingleses a assumirem o controle do país, e estes, em 1914, proclamaram o protetorado britânico em lugar da suserania dos otomanos que estavam em guerra contra os aliados. Uma revolta, entretanto, forçou a Inglaterra a devolver ao Egito sua independência em 1922 - devolução esta que foi ratificada oficialmente em 1936.
Faruk – 1936 a 1952 – vencido na palestina, foi destronado por Neguib que depois de proclamar a Republica em 1953, foi sucedido pelo coronel Nasser em 1954. Nesse mesmo ano a Inglaterra evacuou a zona do canal e este foi nacionalizado em 1956. Depois disso as intervenções militares israelense, e em seguida a franco-inglesa, cessaram logo após a intervenção da O.N.U.
De 1958 até 1961 o Egito formou com a Síria e o Iêmen a “Republica Árabe Unida”, e sob a direção de Nasser passou a representar um papel de destaque entre os países árabes. Em 1967 o bloqueio egípcio do golfo da Acaba, e a retirada das tropas da O.N.U. da faixa de Gaza, foram o estopim de novos conflitos entre Israel e os países árabes – guerra dos seis dias. Nesta oportunidade a derrota dos árabes permitiu a ocupação pelos israelenses da faixa de Gaza, de toda a península do Sinai, e de outros territórios.
Com a morte de Nasser, assumiu o governo Anwar el-Sadat. Em 1973, travou-se entre o Egito, a Síria e outros países árabes e Israel uma nova guerra – a guerra de Yom Kippur - interrompida graças à intervenção da O.N.U.
Em 1974 o Egito recuperou o controle do canal de Suez e no ano seguinte o reabriu à navegação. Em novembro de 1977 o presidente Anwar el-Sadat visitou Israel e iniciou uma serie de encontros com o primeiro-ministro israelense em busca de um acordo de paz. Essa atitude provocou dissensões no mundo árabe e o Egito rompeu relações diplomáticas com a Síria, a Líbia, Iraque, Argélia e Iêmen do sul.
Em 1978 foram retomadas as negociações com Israel em reunião promovida pelo presidente dos E.U.A e em março de 1979 o presidente Carter foi ao Cairo e Jerusalém onde conseguiu a solução das ultimas divergências. O tratado de paz entre o Egito e Israel foi assinado em Washington no dia 26 de março daquele ano.

Dentre os espíritos degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacavam na prática do Bem e no Culto da Verdade. Alias, importa considerar que eram eles os que menos débitos possuíam perante o tribunal da justiça Divina.
Em razão dos seus elevados patrimônios morais, guardavam no intimo uma lembrança mais viva das experiências de sua pátria distante. Um único desejo os animava, que era trabalhar devotadamente para regressar, um dia, aos seus penates resplandecentes.
Uma saudade torturante do céu foi à base de todas as suas organizações religiosas. Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações morava a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos. Foi por este motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta.
Depois de perpetuarem nas Pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral. Em virtude das circunstancias mencionadas, os egípcios traziam consigo uma ciência que a evolução da época não comportava. Aqueles grandes mestres da antiguidade foram, então, compelidos a recolher o acervo de suas tradições e de suas lembranças no ambiente reservado dos templos, mediante os mais terríveis compromissos dos iniciados nos seus mistérios. Os conhecimentos profundos ficaram circunscritos ao circulo dos mais graduados sacerdotes da época, observando-se o máximo cuidado no problema da iniciação.
A própria Grécia, que ai buscou a alma de suas concepções cheias de poesia e de beleza através da iniciativa dos seus filhos mais eminentes no passado longínquo, não recebeu toda a verdade das ciências misteriosas. Tanto é assim, que as iniciações no Egito se revestiam de experiências terríveis para o candidato à ciência da vida e da morte – fatos esses que, entre os gregos, eram motivo de festas inesquecíveis.
Os sábios egípcios conheciam perfeitamente a inoportunidade das grandes revelações espirituais naquela fase do progresso terrestre; chegando de um mundo de cujas lutas, na oficina do aperfeiçoamento, haviam guardado as mais vivas recordações, os sacerdotes mais eminentes conheciam o roteiro que a humanidade terrestre teria que realizar. Aí residem os mistérios iniciáticos e a essencial importância que lhe era atribuída no ambiente dos sábios daquele tempo.
Fonte: livro “A Caminho da Luz” pelo espírito Emmanuel
e psicografado por Francisco Candido Xavier.

Antes do reino de Psamético I, fundador da XXVI dinastia, o Egito mantivera-se um país totalmente fechado, encerrando, em seus templos, conhecimentos que se perdiam na noite dos tempos porque de geração a geração somente eram transmitidos para poucos. Esta também foi à causa da sua longevidade milenar.
A civilização Egípcia já era considerada antiqüíssima pelos próprios egípcios, porque estes tinham a posse de velhos documentos que falavam de um reino terrestre de deuses, semideuses e espíritos dos mortos. Estes documentos, com os demais que contemplavam a origem da sua civilização, foram destruídos, mas de uma forma ou de outra os egiptólogos reconstruíram a história do Egito pré-dinastico.
Do seu ponto de vista a civilização no Egito teve inicio cerca de 3.000 anos a.C. com a subida ao trono do primeiro farão, Menés, aquele que teria sido o fundador da primeira dinastia. Entretanto, em setembro de 2002, arqueólogos da Universidade Japonesa de Wasida, encontraram, ao sul da cidade do Cairo, em um sitio arqueológico de Saquara, a base de um gigantesco edifício de pedra, construído similarmente á pirâmide daquela localidade, que remonta a uma epoca anterior as dinastias faraônicas reconhecidas oficialmente pela egiptologia, porquanto a datação lhe atribui mais de 5 mil anos.
Mais importante do que isso, entretanto, são os registros que indicam que ele teria sido o responsável pela unificação do alto e baixo Egito. Essa parte já foi exposta no capitulo “As civilizações esquecidas”
Enquanto o escritor latino do IV século d.C., Ammiano Marcellino, afirmava que nas pirâmides existem galerias subterrâneas nas quais os antigos sacerdotes haviam esculpido textos para cientificar a posteridade a respeito das inundações e terremotos que destruíram as civilizações mais antigas do que o Egito, das quais haviam herdado seus conhecimentos, segundo Bauval, ouvindo-se a “voz silenciosa” das pirâmides, percebia-se que o cerne dos cerimoniais tinha origem em conhecimentos não humanos e com certeza advindos daqueles que passaram a serem chamados deuses, como alias a própria pirâmide atesta pelo fato de ser um relógio astronômico.
Esta verdade diz que, se por um lado é aceitável admitir que um mito nada mais é do que o reflexo de uma experiência vivida em uma determinada época, reflexo porque perpassando de geração para geração, a lembrança desta experiência esteve sujeita a acréscimos ou decréscimos de elementos descritivos verdadeiros ou não, do outro, as provas irrefutáveis que existem, dão ciência que em épocas em que o conhecimento humano limitava-se a uma agricultura primaria e a fabricação de instrumentos ou utensílios rudimentares, “apareceram professores” que ensinaram à humanidade como saltar daquela fase embrionária para a tecnologia que permitiu erigir obras de engenharia perfeitas e gigantescas, alem de difundir em todas as ciências conhecimentos que até hoje, mesmo os que se julgam sábios, não somente ainda não conseguiram lhe desvendar as origens, mas também não sabem explicá-las.
A mitologia egípcia é especialmente rica em mitos e isso se deve ao fato que desde os reinados mais antigos os sacerdotes sempre procuraram controlar as massas através de seus conhecimentos, e na medida em que desejavam ampliá-la ou lhe facilitar o entendimento, acrescentavam ou alteravam, ou simplesmente introduziam, as particularidades que entendiam oportunas para que o conteúdo religioso resultasse mais inteligível, portanto mais adequado aos seus tempos ou aos seus interesses. No Egito estas re-elaborações tornaram-se celebres porque foram operadas em cidades que eram ou já haviam sido capitais do reino.
É devido a estas ocorrências que em algumas épocas algumas divindades eram mais veneradas do que outras, assim como, quando povos eram vencidos ou regiões unificadas, os deuses, para serem adaptadas às novas exigências, tinham os nomes alterados ou eram formadas tríades ou até mesmo enéadas. Um exemplo é dado com estas duas versões da criação do mundo.
Enquanto a primeira, esculpida em hieroglíficos em um sarcófago de cerca de 2.000 anos a.C., diz:
“A criação do universo se estendeu por um período muito longo durante o qual os deuses viveram na terra e criaram reinos que eram regidos sob o princípio da justiça. Quando os deuses deixaram a terra para habitar o mundo celeste os Faraós herdaram o direito de reinar”.
Totalmente afinada com:
“Depois de perpetuarem nas Pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral. Em virtude das circunstancias mencionadas, os egípcios traziam consigo uma ciência que a evolução da época não comportava. Aqueles grandes mestres da antiguidade foram, então, compelidos a recolher o acervo de suas tradições e de suas lembranças no ambiente reservado dos templos, mediante os mais terríveis compromissos dos iniciados nos seus mistérios. Os conhecimentos profundos ficaram circunscritos ao circulo dos mais graduados sacerdotes da época, observando-se o máximo cuidado no problema da iniciação”.
No livro dos mortos, descrito pelo deus Atum, há uma versão “humanizada”, ou seja, similar a que já foram expostas a respeito da criação do mundo. Atum, o deus da cidade de Heliopoli - hoje Tell Hist, um subúrbio da cidade do Cairo - que era o centro do culto solar:
“No inicio, o mundo era uma extensão infinita de águas tenebrosas e sem direção: o Num. Atum-ra, o sol, criou-se por si mesmo a partir do Num, pela sua vontade. “Eu estava no Num solitário e inerte. Eu não achava um lugar para ficar em pé e não achava um lugar aonde eu pudesse sentar”. Segundo estes textos o deus criador emergiu das águas tenebrosas e caóticas do Num sob a forma de um pássaro e voou até a cidade de Heliopoli, aonde, ao raiar da aurora, pousou sobre um obelisco que representava o sol e ai construiu um ninho com ervas aromáticas. Depois disso o passaro e o ninho foram consumidos pelo fogo, mas, miraculosamente, o passaro voltou à vida.
Quando os Egípcios chamavam Zep Tepi - o primeiro tempo - Atum-ra criou dois descendentes divinos: Shu - deus do ar e Tefnut - deusa da umidade. Estes novos deuses se acasalaram e geraram Geb - deus da terra - e Nut - deusa do céu estrelado - que por sua vez vieram a se casaram.
Diz à lenda que Geb e Nut, apaixonados, permaneciam o tempo todo abraçados, e assim fazendo, impediam que a vida desabrochasse. Atum-ra, então, pediu a Shu para separá-los e este fez isso pisando em Geb enquanto elevava Nut para o alto com seus braços. Com a separação dos dois o caos foi finalmente vencido. Depois disso, enquanto Geb se elevava tentando alcançar a esposa, com o seu corpo formou às montanhas e Nut, compondo com seu corpo um semicírculo, moldou a volta celeste, enquanto que com suas pernas e braços estendidos para baixo, formou as quatro colunas sobre as quais o céu se apóia - era assim que a própria igreja católica apostólica romana nos primeiros tempos entendia o posicionamento do céu com a terra.
Toda a manhã Nut paria o sol para engoli-lo novamente a noite, como fazia com as estrelas ao surgir da aurora, enquanto Geb, que tem a coroa do baixo e do alto Egito, permanecia deitado apoiando a cabeça na sua mão, com um joelho dobrado e o outro braço estendido para o alto. Esta posição de Geb simboliza os vales, as colinas e a terra, chamada comumente a “casa de Geb”. Sua coloração normalmente verde representa a vida e a vegetação ao redor do rio Nilo, enquanto ao seu riso é atribuída a causa dos terremotos.
Mesmo separados Nut e Geb têm quatro filhos que são as divindades antropomorfas, ou seja, semelhantes aos homens: Osíris, Seth, Ísis e Nefthi”.
Panteon egípcio:
-Ra: (o deus sol), associado a Atum (o todo) torna-se Atum-Ra que, segundo as tradições Heliopolitas e Hermopolitas, é o criador do universo. Viajava pelo céu em dois navios com a respectiva equipagem, um para as viagens noturnas e o outro para as diurnas. A embarcação diurna era engolida todas as noites por Nut para renascer todas as manhas, acontecendo o inverso com a nau noturna.
-Atum-Ra: por si só, havia gerado uma filha, Maat, divindade abstrata que era o símbolo da verdade e da justiça. Como tal, participava das cerimônias de julgamento dos mortos com a responsabilidade de determinar o protocolo de conduta para os homens, reis e deuses, alem de Shu e Tefnut.
-Atum: deus principal de Heliopoli, o criador, que posteriormente passa a ser identificado com o deus sol e do universo como Atum-ra. Seus animais sagrados eram o leão e a serpente.
-Shu: deus do ar seco, filho de Atum-ra e gêmeo de Tefnut.
-Tefnut: deusa do ar úmido, filha de Atum-ra, gêmea e esposa de Shu.
-Nut: deusa do céu, irmã e esposa de Geb, mãe de Osíris, Ísis, Seth e Nefthi.
-Geb: deus da terra, irmão e esposo de Nut, pai de Osíris, Ísis, Seth e Nefthi.
-Osíris: deus de Busiris, o lendário rei do Egito que fazia matar todos os estrangeiros que entravam em seu reino e que depois foi morto por Hercules. Filho de Nut e Geb, deus rei do Egito, esposo e irmão de Ísis e pai de Hórus. Depois da sua morte reina do outro lado da vida aonde, além de soberano é o juiz supremo. Era ainda o deus da vegetação, e como tal, inúmeras vezes é representado como uma múmia da qual nasciam plantas.
-Ísis: Filha de Nut e Geb, esposa e irmã de Osíris e mãe de Hórus. É a grande maga e deusa alem de mãe e rainha.
-Seth: deus da cidade de Ombos. Filho de Nut e Geb, irmão de Osíris, Ísis e Nefthi, e desta ultima também esposo. Deus da seca e do mau tempo, e de certa forma uma força destrutiva que é o símbolo do mal. Segundo a lenda foi o matador de seu irmão Osíris.
-Nefthi: deusa da cidade de Despoli Parva. Filha de Geb e Nut, irmã de Osíris, Ísis e Seth, deste ultimo também esposa. Deusa da casa e mãe de Anubi, deus chacal de Cinopolis e assistente de Hórus e Thot na pesagem dos corações dos mortos. É filho ilegítimo de Osíris e Nefthi.
-Hórus: deus da cidade de Behdet, assume a figura de falcão. É o filho de Ísis e Osíris que reina no Egito depois da morte do pai. Os Faraós são tidos como seus descendentes.
-Ptah: deus de Mênfis, cidade do antigo Egito do qual chegou a ser capital e, segundo a teologia local, criador do universo. Os sacerdotes de Mênfis afirmavam que Ptah antecedera Atum-ra. Era ainda o patrono dos escultores e dos forjadores. Seu animal sagrado era o touro Apis.
-Sekhmet: deusa da cidade de Rehesu. Deusa da saúde, do mal e patrona da guerra e da medicina. Tinha formas leoninas, possuía ligação com Bastet a deusa gata e era tida como a esposa de Ptah.
-Nefertun: deus da região de Mênfis, filho de Ptah e Sekhmet.
-Thot: deus da cidade de Hermópolis e da sabedoria, ciência, escrita, artes mágicas, das fases da lua e mensageiro dos deuses. No além tumba é um dos que assiste à pesagem dos corações dos mortos. Geralmente é representado com a cabeça de íbis.
-Hator: deusa das cidades de Afroditopolis e de Denderah. Nesta ultima lhe foi consagrado um templo. Era ainda deusa do amor e patrona da musica e da dança e geralmente era representada por uma vaca. Seu emblema era o sistro, um instrumento musical dos egípcios feito com uma lamina metálica recurvada presa a um cabo e atravessada por varetas moveis que soavam quando o instrumento era agitado.
-Sokar: deus da necrópole de Mênfis e patrono da metalurgia e dos metalúrgicos.
-Khnum: deus cabra da cidade de Hypselis e Elefântica localizadas em uma ilha do Nilo na época dos faraós. Khnum era ainda o criador dos homens que moldava em barro no mesmo torno que utilizava para moldar vasos e ânforas. Era ainda o Senhor das cascatas e tinha o poder de controlar as cheias do rio Nilo.
-Satet: deusa da cidade de Hypselis e esposa de Khnum.
-Anuket: deusa da ilha de Sehel e da primeira cascata. Junto com Khnum e Satet, de quem era filha, formava a tríade da ilha elefântica.
-Neith: deusa de Sais, uma cidade do baixo Egito. Seu culto, de cunho tribal, permaneceu idêntico até se transformar na divindade funerária chamada Mehurt. Deusa criadora da guerra e da caça.
-Amon: Originalmente uma das oito divindades primordiais adoradas na cidade de Hermópolis posteriormente transformado de deus local a deus dinástico quando na XI dinastia, na cidade de Tebas, passou a ser a divindade solar Amon-ra. Seu nome significa “o misterioso” e com a sua esposa Muth e seu filho Khons, formam a tríade de Tebas. Seu templo principal era o de Karnak.
Muth: deusa de uma localidade perto de Karnak aonde havia sido erigido um templo em sua honra e esposa de Amon. Aparece sob a forma de mulher ou de urubu. Com o marido e o filho integra à tríade de Tebas.
-Khonos: deus da cidade de Tebas, filho de Amon e Muth associado à lua.
-Sobek: deus crocodilo da região de Fayum, localizada no vale do Nilo e Kom Ombo, conectado as águas da fertilidade. Mais tarde passou a deus criador.
-Hapi: divindade do rio Nilo. Hapi era representado como sendo um homem de seios gordos e ventre proeminente. Simbolizava a fartura e sempre levava flores e plantas para doar.
-Bes: deusa escorpião, era representada com o corpo de escorpião e testa de mulher, ou corpo de mulher e testa de escorpião. Criatura protetora das casa e das crianças que pertencia ao grupo de deusas magas associadas a Isis. Segundo as lendas era a mãe de Harakhte (o sol do horizonte) e esposa de Hórus.
-Apis: o touro sagrado considerado a reencarnação de Ptah.
-Apofi: nome da serpente que no reino de Duat (além tumba), luta com o deus sol.
-Min: deus da terra e da fecundidade apelativo de Hórus. Era o deus local de Coptos e da região desértica entre o rio Nilo e o mar Vermelho, bem como da cidade de Panopolis.
-Montu: deus guerreiro e patrono da guerra e das suas artes.
-Tueret: deusa hipopótamo protetora da casa e da gravidez.
-Seshat: deusa do destino.
-Imset: deus funerário, filho de Hórus com cabeça humana que era representado pelo vaso canopo - vaso em que os antigos egípcios guardavam o fígado dos mortos quando estes eram embalsamados. Está sob a proteção de Ísis.
-Happy: deus funerário filho de Hórus com a cabeça de babuíno que era representado pelo vaso canopo que continha os pulmões dos mortos quando estes eram embalsamados. Está sob a proteção de Nefthi.
-Quebhsenuf: deus funerário filho de Hórus com a cabeça de falcão que era representado pelo vaso canopo que contem o intestino. Está sob a proteção Selket.
-Duamutef: deusa funerária Filha de Hórus com a cabeça de chacal que era representada pelo vaso canopo que contem o estomago. Está sob a proteção de Neith.
-Bastet: deusa com cabeça de gata de Bubástis, cidade do baixo Egito localizada em um dos braços do rio Nilo que havia sido uma das capitais dos hicsos - termo empregado pelo sacerdote egípcio Maneton para designar os chefes nômades que se estabeleceram como soberanos no delta do Nilo no século XVIII a.C. e que, depois de formarem a 15 e 16 dinastia, foram expulsos.
Os egípcios acreditavam que a natureza humana era composta de três elementos: corpo, vida e espírito. “Ahk” era o corpo - caracterizado como princípio mortal, “kha” era o espírito - caracterizado como energia vital - a força que mantém a vida, e “Hak” a essência que continua viva depois da morte do corpo.
No começo acreditavam que só os deuses possuíam o “Kha”, o princípio imortal, mais tarde, entretanto, reconheceram que os homens também o possuíam.
Por acreditarem que o espírito “kha”, para se manter vivo depois da morte necessitava de um suporte material, “Ahk”, o seu corpo, desenvolveram os rituais de mumificação para conservá-lo, e a casa, o túmulo, que arrendavam com moveis, artefatos decorativos, objetos pessoais e alimentos.
“Em razão dos seus elevados patrimônios morais, guardavam no intimo uma lembrança mais viva das experiências de sua pátria distante. Um único desejo os animava, que era trabalhar devotadamente para regressar, um dia, aos seus penates resplandecentes”.
As tarefas que deviam ser executadas quando alguém morria estão descritas no livro dos mortos - uma obra realizada em 1850 a. C. - que alem disso narrava com minuciosos detalhes o julgamento daqueles que morriam.
O julgamento dos mortos era presidido por Maat, a deusa da justiça e símbolo da ordem universal, e era realizado por 42 deuses juizes que representavam as 42 províncias do Egito. Estes, em cada julgamento, analisavam o bem ou o mal que havia sido praticado em vida pelo falecido e depois disso determinavam a sentença.
No julgamento o coração do morto era colocado em uma balança para ser pesado. Se seu peso era igual ou inferior ao de uma pena de íbis, o morto era considerado sem macula, puro, e assim sendo, era absolvido. Contrariamente, se o peso do coração era maior, o morto era condenado e seu espírito era entregue ao grande devorador - um monstro híbrido que o devorava. A responsabilidade pela pesagem cabia a Hórus - o deus da luz filho de Osíris e Isis e a Anúbis - o guardião com a cabeça de chacal, enquanto o peso era anotado por Thot - o senhor da sabedoria, da ciência e da escrita - em um papiro.
“Uma saudade torturante do céu foi à base de todas as suas organizações religiosas. Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações morava a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos. Foi por este motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta”.
O clero egípcio detinha importantes funções na religião e vida social de seus cidadãos. Uma parte era constituída por sacerdotes funerários que, servindo Anúbis, tratavam dos ritos da mumificação e da colocação dos corpos mumificados nas respectivas sepulturas, enquanto os demais se responsabilizavam pelos cultos e a administração dos bens, uma vez que partes das terras, bem como o que elas produziam, pertenciam aos deuses. Séculos mais tarde, como veremos, uma disciplina análoga passou a ser praticada entre as civilizações andinas.
O clero egípcio sempre exerceu um grande poder, tão grande, que às vezes além de enfrentarem o povo resistiam também aos faraós. O sacerdócio era hereditário, e assim sendo, passava tão somente de pai para filho.
“Aqueles grandes mestres da antiguidade foram, então, compelidos a recolher o acervo de suas tradições e de suas lembranças no ambiente reservado dos templos, mediante os mais terríveis compromissos dos iniciados nos seus mistérios. Os conhecimentos profundos ficaram circunscritos ao circulo dos mais graduados sacerdotes da época, observando-se o máximo cuidado no problema da iniciação”.
Os faraós consideravam-se deuses (veremos mais adiante que até jhwh, o deus de Abraão, nada mais era do que um faraó) não só pelas funções religiosas que exerciam ou pela sua autoridade que era inconteste, mas porque confiavam que representavam oficialmente as divindades.
A religião, politeísta, influía profundamente na civilização e na sociedade egípcia. Adoravam as forças da natureza e nela um grande numero de animais; gatos, bois, serpentes, crocodilos, touros, chacais, macacos, escaravelhos e íbis. Contudo, não era uma religião “bárbara” e superficial: a fé daquele povo resumia-se em um grande e profundo contesto espiritual. “Não grite na casa do deus, diz um papiro, ele tem horror ao barulho. Mas se você orar com coração amoroso, mantendo em segredo todas as tuas palavras, ele te atenderá e, escutando o que você diz, aceitará a tua oferta”.
A maior herança que os egípcios deixaram à posteridade foram seus monumentos, e entre estes, as pirâmides.
A pirâmide de Gisé, segundo os egiptólogos, foi construída naquela localidade porque era a única em que o terreno oferecia a consistência necessária para suportar seu peso. Calcula-se que revestida com calcário branco brilhante - o acabamento original - podia ser vista da lua. Heródoto, o historiador grego que viajou o mundo, escreveu, 420 anos a.C., que naquela época a pirâmide de Gisé era revestida por uma camada de calcário branca reluzente, totalmente recoberta por hieróglifos que nem mesmo os egípcios que la viviam sabiam interpretar.
A ciência afirma que esta pirâmide (a primeira e mais alta das que foram construídas), foi erguida a pedido do rei Egípcio Queóps, da IV dinastia, em 2.600 a.C. Calcula-se que devido a sua complexidade mesmo hoje seria uma obra de difícil execução. De acordo com seus cálculos foram necessários 16 anos e aproximadamente trinta mil homens para construí-la, ou seja: cortar as pedras das pedreiras, transportá-las até o local (são cerca de 2.300.000 blocos de pedra pesando entre duas a setenta toneladas) elevá-las até a altura que lhe cabia ocupar na estrutura que estava sendo erguida etc.etc. Este numero de trabalhadores, por sua vez, também exigia uma super infra-estrutura para atendê-los em suas necessidades básicas: água, higiene, alimentação, repouso, etc.etc., e, considerando que tudo vinha de longe, o transporte deve ter sido um dos grandes obstáculos que tiveram que superar.
Recentemente foi encontrado nas adjacências da pirâmide, soterrado, um vilarejo que se presume tenha servido de dormitório e local de higiene, alem de alimentação, dos construtores, porque no local foram encontrados indícios de terem existido muitas “padarias”. Como naquela época as refeições eram compostas de pão e cerveja, os achados falam por si mesmos.
Segundo as mesmas fontes, o ferro que na época os egípcios manuseavam, só permitia produzir talhadeiras com uma ponta de corte que depois de 100 marteladas se desfazia. Deviam então voltar ao ferreiro para serem refeitas.
Outro enorme desafio deve ter sido representado pelas enormes pedras de granito que foram utilizadas no interior das pirâmides, uma vez que cada unidade, pesando mediamente cem toneladas, foi extraída de uma mina a cerca de oitocentos Km. de distancia e transportadas até as adjacências da obra em barcos que navegavam pelo Nilo.
Estes expert relatam ainda que os grandes blocos de pedra, após serem extraídos e preparados, devido ao seu peso, eram transportados sobre uma espécie de trenó, que puxado por centenas de homens, escorregava sobre a areia do deserto. Para facilitar esta operação, dizem, a areia era molhada. Contudo, ainda não existe uma teoria que sustente essa operação, como, alias, não existe também para a extração, a lapidação e a elevação daquelas pesadíssimas pedras até o local que deviam ocupar na estrutura da pirâmide. Para esplicar isso a ciência, na auxencia de outras opções, improvisa e diz: através da construção de rampas ao redor da pirâmide. Construção de rampas? Vamos ver o que isso significa. Este aclive teria que ter como mínimo mais de quatro Km. de extensão por dez metros de largura - uma vez que a altura da pirâmide é de 146.6 metros e cada lado obliquo tem 230.9 metros. Sendo assim, só a estrutura deste hipotético aclive, por si só, já era uma obra gigantesca.
Heródoto narrou em suas obras que os egípcios chamavam as pirâmides de “Filitis”, nome de um pastor que levava seus animais a pastar naquela região, deduzindo-se, por esta afirmação, que houve um tempo em que ali existia uma rica vegetação.
Alguns estudiosos, entre os quais Henry Lhote, sustentam que o Saara era uma planície verdejante até 2.500 a.C. e para ratificar esta teoria afirmam que existem fotografias - tiradas antes da segunda guerra mundial - de pinturas rupestres feitas em grutas no deserto, nas quais, entre muitas outras imagens, são retratadas pessoas nadando.
Na região de Gisé, além das pirâmides, existem outras três construções gigantescas: a esfinge e dois templos, todos construídos com blocos de pedras de até 200 toneladas cada uma, mas o adiantado desgaste destas obras não encontra paralelo nas demais de menor porte como as tumbas existentes no local.
Esta observação levou os egiptólogos René Schwaller e John A. West a afirmar que a esfinge, bem como as pirâmides e os dois templos, não poderiam ter sido construídos 2600 anos a.C. como muitos acreditavam, mas 8000 anos antes desta data por uma civilização mais antiga e mais avançada - mais uma vez nos situamos em um dos últimos períodos do degelo da glaciação Wurm, quando o nível da água dos mares, segundo os estudiosos, subiu até 100 metros, inundando, como vimos, até o mar Negro - porque o desgaste acentuado destes monumentos só pode ter sido provocado pela chuva, pluviosidade essa que deixou de acontecer depois que a região se tornou um deserto.
Um árabe do século IX, Ibn Abd Hock, em base a estudos cronológicos que realizou, afirmou que a grande pirâmide havia sido construída por Surid Ibn Salhouk, um antigo rei egípcio que vivera aproximadamente 10.000 anos a.C.
O egípcio Masudi também acredita que foi o rei Surid a construir a pirâmide, tendo-o feito depois de um sonho no qual vira que um grande desastre natural viria a destruir todos os conhecimentos do seu povo. Ordenou assim a construção da pirâmide para preservar as artes e as ciências.
No fim do II século a.C. o matemático grego Agatarchide di Cnido descobriu que a base da grande pirâmide era exatamente um oitavo de um minuto de um grau de comprimento. Agora pasmem. Multiplicando este resultado por 8, por 60 e depois por 360, tem-se como resultado um valor extraordinariamente muito próximo da circunferência do Globo Terrestre que é de 40.076 Km..
Em 1638 o matemático escocês John Greaves, durante a visita que fez ao Egito, mediu o sarcófago existente no quarto do rei: tinha 1,97m.de altura. A altura da pirâmide: 146.6 metros (o lado) e a base: 211,2 metros, com o objetivo de conhecer a unidade de medida utilizada pelos arquitetos construtores. Não teve êxito. A tentativa sucessiva foi feita em 1800 pelos cientistas que acompanharam Napoleão Bonaparte ao Egito. Edmé François Jomard, como Greaves, desejava conhecer a unidade de medida que fora utilizada para checar se efetivamente, como diziam, as medidas da pirâmide indicavam as dimensões do planeta terra. Jomard mediu um lado da base e a altura, registrando 230.9 metros na primeira medição e 146.6metros na segunda. Ele sabia que na antiguidade a hipotenusa tinha um estádio - para os gregos era 185m- e, como Heródoto havia escrito que um estádio era igual a 40 cúbitos, sendo que um cúbito corresponde a 0,4618m, tirara suas conclusões.
Era de seu conhecimento, alem disso, que estudiosos gregos haviam declarado que a base da pirâmide media 500 cúbitos. Assim, multiplicando 500 por 0,4618, Jomard obteve 230.9m. O comprimento por ele medido.
John Taylor, no inicio de 1800, descobrira que dividindo o perímetro da pirâmide pelo dobro da altura obtinha-se um valor muito próximo do “pi-grego” (décima sexta letra do alfabeto grego correspondente ao p. símbolo que representa a razão constante entre o perímetro do circulo e o comprimento do seu diâmetro, tomado, aproximadamente, com o valor de 3, 1416) que indicava a relação constante entre a circunferência e o seu diâmetro.
Surpreendam-se outra vez: o “pi-grego” só foi calculado até o quarto decimal, com exatidão, no VI século d.C.


Através desta descoberta Taylor calculou que a relação entre a altura e o perímetro era idêntica à relação entre o raio polar terrestre e a sua circunferência: 2pi-gregos. A descoberta de Taylor despertou a curiosidade de Charles Piazzi Smith que por sua vez calculou a “polegada piramidal” como sendo 1/25 de um cúbito.
Em 1864 Smith foi para o Egito e calculou a posição da pirâmide como sendo 30 graus de latitude norte. Verificou que a sombra da pirâmide desaparecia completamente no equinócio da primavera - equinócio: época do ano em que o Sol, em seu movimento próprio, quando corta o equador terrestre, torna os dias e as noites iguais em termo de tempo. Há dois equinócios por ano: em 21 ou 22 de março e em 23 ou 23 de setembro.
Suas medidas melhoravam o calculo do pi-grego até à quinta casa decimal. O perímetro em “polegadas piramidais” correspondia exatamente a 1000 vezes 365.2 - o numero dos dias do ano solar.
Além disso, de acordo com Smith, ao se multiplicar a altura em polegadas por 10 a nona potencia - 10 a 9 por sua vez era a relação existente entre a altura e a largura da pirâmide - a pirâmide revelava também a distancia existente entre o sol e a terra que em termos médio é de 149 milhões de quilômetros.
William Matthew F. Petrie partiu para o Egito em 1880 com bons equipamentos e se surpreendeu, após suas medições, ao constatar a incrível precisão com que tinha sido construída a pirâmide: no comprimento, bem como na pendência, os erros eram tão insignificantes que resultavam imperceptíveis. Para exemplificar cita que um muro do corredor com o comprimento de 107m, inclinado para baixo, tinha um desvio de apenas 5mm.
Petrie confirmou o calculo do pi-grego e verificou que também no quarto do rei havia o pi-grego na relação entre o comprimento e o perímetro.
Nos últimos anos do século passado Richard Antony Proctor descobriu que o construtor da grande pirâmide a havia direcionado à estrela Alpha Draconis. Naquela época para fazer isso era necessário criar uma inclinação de 26,17 graus para focalizar a estrela, e Proctor a encontrou no corredor interno descendente. Afirmou que se o corredor fosse inundado com água, nele refletir-se-ia, como nos modernos telescópios, a estrela mencionada. Observando o céu da extremidade do corredor principal teria sido possível desenhar facilmente um mapa da área setentrional do céu.
Corroborando este aspecto em 1894 a astrônomo britânico J.Norman Lockyer verificou que todos os monumentos egípcios eram orientados para o nascer do Sol, para o seu por, ou ainda na direção de importantes estrelas em determinados períodos do ano. Lockyer comprovou que os templos dedicados ao sol “capturavam” efetivamente o sol no inicio e no fim do dia e os que eram endereçados às estrelas conseguiam os mesmos objetivos. Isso indica que os egípcios possuíam meios de calcular o comprimento de um grau de latitude e longitude com um erro de apenas algumas dezenas de metros.
Choquem-se novamente: O equipamento para estas medições, porém, só foi desenvolvido 4.000 anos depois.
Robert Beauval, no mesmo período, constatou que o quarto do rei, no ano de 2450 a.C., era direcionado para a estrela Zeta Órion na constelação que leva seu nome, enquanto que o corredor interno descendente apontava para Alpha Draconis - do latim dragão - a estrela mais brilhante da constelação Draco. Naquele mesmo ano o corredor meridional do quarto da rainha apontava para a estrela Sírio e o setentrional para a ursa menor. Ficou evidente, assim, que as pirâmides refletem na terra a posição que as estrelas da constelação de Órion tem no céu.
Uma outra teoria foi apresentada pelo estudioso argentino Ettore Moracci Beauvier-Vila. Segundo ele, as três pirâmides de Gisé representam a posição no céu de três importantes corpos celestes: Mercúrio, Vênus e a Terra, e complementa: fazendo corresponder Queóps a Terra, Quefren a Vênus e Miquerinos à Mercúrio, obtém-se os seguintes resultados: A distancia entre o planeta Terra e Vênus é de 38.5 milhões de Km. e a que separa a pirâmide de Queóps de Quefren é de 385m. A distancia entre o planeta Vênus e Mercúrio é de 50.7 milhões de Km. e a que separa a pirâmide de Quefren de Miquerinos é de 507m.



Segundo Moracci, ainda, inserindo neste contesto a relação da Terra com o Sol, cuja distancia menor é de 146.9 milhões de Km., encontrar-se-ia, enterrada a 147 metros da grande pirâmide, alguma coisa tão relevante quanto é o Sol para o planeta Terra.
A Esfinge, como as três pirâmides de Gisé, continua sendo objeto de infindáveis estudos e muitas teorias já foram desenvolvidas. Entre elas a que teria recebido o rosto de Queóps, Dedefra ou Quefren na época em que eles viveram, alterando a obra original executada 10.500 anos antes de Cristo.
A esfinge mede 57 m. de comprimento por 20 de altura e seu rosto tem 5 metros de altura com orelhas de 1,37 m., tendo sido talhada em um único bloco de calcário.
No seu interior, até agora, foram encontradas quatro salas vazias, a exceção de um par de sapatos. Foi construída entre as pirâmides de Queóps e Quefren e entre as patas dianteiras uma placa de pedra contem uma inscrição que informa, mesmo sem muita clareza, que foi edificada por Quefren.
A titulo de curiosidade, considerando que o nosso objetivo é focar “o homem” em todas as épocas, transcrevemos uma velha lenda que existe a respeito da esfinge: Um dia, cerca de 1400 anos a.C., quando, devido às tempestades de areias que vergastam o deserto, a esfinge estava coberta de areia até o pescoço, um príncipe desmontou do seu cavalo para repousar à sua sombra. Adormecendo, sonhou que esta lhe dizia: se você tirar a areia que me envolve, vou fazer com que você se torne soberano do Egito em detrimento dos teus irmãos maiores. O sonho foi esquecido, mas quando o príncipe foi finalmente coroado Faraó com o nome de Tutmés IV, se lembrou do sonho e mandou restaurar o monumento.
A respeito dos danos provocados na esfinge pela erosão permanece em aberto uma interminável discussão. Enquanto para alguns egiptólogos a erosão é devida aos ventos e a água que existe no terreno, para outros, entre eles West Hancock, foi provocada pelas freqüentes chuvas que antigamente caiam no Egito. Entre as duas teorias, entretanto, mais uma vez existe uma diferença fantástica: enquanto á primeira fixa a data da construção ao redor de 2.500 a.C., a segunda é do parecer que foi construída 8.000 anos antes, por volta do ano de 10.500 a.C. quando a região era verdejante e as chuvas eram copiosas. No entanto, não existem provas conclusivas a respeito de nenhuma das duas teorias.
Em 1991 a geologia deu novos passos para desvendar o mistério. Os egiptólogos tradicionais atribuem a Quefren a construção da esfinge porque sustentam que seu vulto é, inequivocamente, o do farão que lhe deu o nome.
John Antony West, escritor e egiptólogo autodidata, voltou a discutir este aspecto afirmando que ao seu ver havia uma diferença muito grande entre o rosto da esfinge e a face do faraó. Para fortalecer sua versão recorreu ao tenente Frank Domingo do departamento da policia judiciária de New York - famoso pela sua habilidade de desenhar retratos falados. Domingo, depois de confrontar os dois vultos e submetê-los aos processos padrão de comparação, concluiu que eram indivíduos distintos.
Não satisfeito com isso West procurou o geólogo Robert Schoch que depois de alguns exames concluiu que o corpo da esfinge e as paredes da fossa aonde ela se encontra desde o ano 2.500 a.C. evidenciam que a erosão havia sido provocada pela chuva, como nas demais construções. Aos testes de West e Schoch participou também o sismologo Thomas Dobecki. As observações de Schoch e os experimentos de Dobecki demonstraram que o corpo da esfinge foi esculpido em momentos distintos e que a parte anterior do monumento, a mais acentuadamente corroída, fora construída como mínimo 3000 anos antes da parte posterior. Concluíram, então, que Quefren, ao encontrar a esfinge semi-destruída, ou inacabada, decidiu completá-la - restaurando ainda os demais templos ao seu redor - fazendo colocar sobre a rocha de calcários blocos de granito.
As pesquisas de Dobecki revelaram alem disso outro segredo: cinco metros abaixo das pernas anteriores da esfinge abriam-se vários túneis ainda inexplorados e uma sala retangular de 12x15m.
Graham Hancock, um outro pesquisador e escritor, diz que 10.500 anos a.C. o rosto da esfinge via o Sol nascer, em outras palavras, que indicava a constelação do Leão. De acordo com suas afirmações, sob a constelação do Leão existe uma estrela que indicaria, naquela área, o local aonde permanece até hoje sem ter sido descoberta uma sala secreta. A cabeça da esfinge, segundo Graham, originalmente era a de um leão, transformado por Quefren, ou por quem quer que tenha sido, na face que hoje tem.
Para contrariar esta teoria os egiptólogos afirmam que no tempo dos antigos egípcios a constelação do Leão ainda não era conhecida, visto que, como o pi-grego, foi descoberta pelos gregos milhares de anos depois.

Pirâmides Esfinge Tumulo

Lê-se em textos não oficiais que em relação a estes monumentos existe um relato mediúnico (devem existir outros), que teve origem quando um “sensitivo”, depois de explorá-los, afirmou que haviam sido os sobreviventes de Atlântida após sua migração para o Egito, aproximadamente 10.500 anos a.C., a construí-los.
Para acrescentarmos novos elementos a esta descrição, com o intuito de torná-la mais plausível, por um lado repetimos o texto já citado do livro “A Caminho da Luz” que diz:
“Aquelas almas exiladas, que as mais interessantes características espirituais singularizam, conheceram, em tempo, que o seu degredo na Terra atingia o fim. Impulsionados pelas forças do Alto, os círculos iniciáticos sugerem a construção das grandes pirâmides, que ficariam como a sua mensagem eterna para as futuras civilizações do orbe”.
E do outro, em relação á afirmação que um sensitivo “leu o passado”, ela é plenamente verdadeira e o mecanismo que permite isso é a psicometria. A faculdade de perceber o lado oculto das coisas, por exemplo, ler pensamentos ou sensações vividas por outros - mesmo em tempos longínquos - quando, na atenção profunda, adentra-se em determinados ambientes, ou se estabelece contato com objetos, imagens ou documentos. Clareando o assunto, encontram-se no médium de psicometria a individualidade que consegue desarticular, de maneira automática, o força nervosa de certos núcleos, como, por exemplo, os da visão ou audição, transferindo-lhes a potencialidade para as próprias oscilações mentais. Efetuada a transposição, tem-se a idéia que o medianeiro possui olhos e ouvidos a distancia do envoltório denso, acrescendo, muitas vezes, a circunstancia de que tal sensitivo, por auto-decisão, não apenas desassocia os agentes psíquicos dos núcleos aludidos, mas também opera o desdobramento do corpo espiritual, em processo rápido, acompanhando o mapa que se lhe traça às ações no espaço e no tempo, com o que obtém, sem maiores embaraços, o montante de impressões e informações que deseja. Ao segurar em suas mãos uma correspondência, por exemplo, lhe absorverá as sensações daquele que a escreveu, sendo-lhe possível, então, estabelecer se o texto escrito corresponde plenamente ou não aos verdadeiros anseios ou pretensões do mandatário.
Retornando ao Egito, por ter sido a terra dos Faraós, desde há muito despertou o interesse dos arqueólogos, e estes, através do seu trabalho, colaboraram para que a humanidade fixasse em suas mentes que só nesse país haviam sido erguidas pirâmides. Contudo, mesmo se nessa região existem dezenas delas, outras foram edificadas ao redor do mundo, inclusive na china, mesmo se muitas delas ainda são inexploradas.
Neste país, ainda, nos últimos meses de 2005, uma equipe de arqueólogos chineses descobriu no fundo do lago Fuxian, na província de Yunnan, tres estruturas similares às pirâmides maias.
As imagens submarinas obtidas pela equipe mostram um conjunto arquitetônico de pelo menos 2.4 Km. quadrados no qual há oito edificações piramidais. Das tres maiores uma delas exibe forma circular e conta com uma base de 37 metros, enquanto as outras duas estão ligadas entre si por um corredor de pedra de aproximadamente 300 metros de comprimento. A leitura permitida pelos vestígios que foram encontrados, segundo estes mesmos arqueólogos, permite deduzir que no local repousa uma inteira cidade submersa


Pirâmide chinesa Pirâmides chinesas


Pirâmide do Sol - Maias – México Pirâmide el Castilho – Maias -México

Diz-se que por serem os Maias um povo basicamente agrícola, foram obrigados a estudar os corpos celestes porque o seu comportamento interferia positivamente ou negativamente no sucesso das colheitas. É dito ainda que algumas cidades Maias dispunham de construções que serviam como observatórios, e a partir das observações feitas, calcularam que o ciclo solar tem 365.2420 dias e o lunar 29.53086 dias. Uma definição assombrosa se for considerado que este calculo hipoteticamente foi feito entre os anos 800 a 1.200 d.C., porque o calendário Gregoriano, criado em 1.532, indica 365.25 dias para o ciclo solar e mediamente 30 dias para o lunar.
Segundo o código Dresde, ainda, os Maias calcularam que o ciclo de Vênus em relação à terra era de 583.935 dias, enquanto hoje é estimado entre 583.920 e 583.940 dias.

“Além daquele estreito de mar chamado colunas de Hercules - estreito de Gibraltar - acha-se uma ilha maior do que a Líbia e de toda a Ásia juntas, e dela, passava-se a outras ilhas das quais podia-se ir a terra firme que estava defronte delas. Naquela ilha havia um reino que dominava não só toda a ilha, mas muitas outras ilhas, e além delas, algumas regiões do continente. Seu poder se estendia de um lado e do outro das colunas de Hercules, incluindo a Líbia, o Egito, outras regiões da Europa e muito além”
Esta descrição refere-se a um episodio ocorrido 590 anos a.C. durante a visita de Sólon - político ateniense, 640-558 a. C., que deu a esta cidade uma Constituição democrática - a Sais, capital administrativa do Egito. Sólon tentara impressionar os sacerdotes de Ísis com as antigas tradições gregas, porem falhou porque os Egípcios possuíam conhecimentos muito mais antigos. Possuíam provas - documentos escritos - da existência de uma civilização que havia sido destruída 9000 anos antes por um cataclismo. Nos textos documentais outras informações dão conta que parte deste povo vivia na grande ilha mencionada circundada em três lados por altas montanhas e aberta ao sul de frente para o mar. No centro havia uma planície, e no meio dessa planice uma alta colina e a cidade, circundada por altas muralhas. A planície, irrigada artificialmente, era muito fértil e do solo a colheita se fazia três vezes por ano. O clima era temperado e no local habitavam até elefantes.
Fonte: “diálogos” de Platão, escrito no IV século a.C.

O Zed: Existe um símbolo chamado Zed, ou coluna dorsal de Osíris, que freqüentemente é encontrado nas tumbas egípcias que, aceitando as afirmações da egiptologia clássica, é um emblema que os antigos egípcios utilizavam para representar Osíris. Esta insígnia representaria a arvore da vida na lenda de Osíris.
Osíris, que como Jesus simbolizou a ressurreição, teria sido visualizado como uma arvore em uma zona árida e arenosa como o deserto egípcio, retirando a força da vida das águas do rio Nilo.
Mario Pincherle, um engenheiro italiano, afirma que o Zed não é só um símbolo, mas a cópia diminuta de uma torre que existiu por volta do ano 10.000 a.C. na mesopotâmia, que representava “alguma coisa” muito importante. Alega que o Zed foi transportado da Mesopotâmia para o Egito em um carro puxado por 600 bois (conforme a descrição que Enoch faz em um dos seus livros ), e colocado no alto da pirâmide de degraus de Saquara, a mais antiga, cuja construção é atribuída ao rei Zoser da terceira dinastia, 2920-2575 a.C., e seu arquiteto Imhotep, que a história registra como tendo sido o primeiro grande arquiteto do Egito.
Ao redor da pirâmide de Zoser foi construído um grande complexo funerário que compreendia pátios e capelas e este ambiente foi cingido por um muro de proteção de cerca 1.600 metros por dez de altura. Este complexo era o lugar simbólico do “heb-seb”, uma festa jubilar ou cerimônia de regeneração celebrada pelo rei. A certeza da vida após a morte foi à razão da construção deste monumental conjunto de pedras.
Em um segundo tempo o Zed foi retirado e colocado no coração da pirâmide de Quéops para depois desaparecer, deixando no local resíduos idênticos aos que haviam sido encontrados no topo da pirâmide de Saquara.
O zed era representado por um eixo vertical, como se fosse o tronco de uma arvore, tendo na extremidade superior, distanciados um do outro de cima para baixo, três, quatro, ou cinco discos, com uma circunferência 100% maior do que à do eixo que os sustenta.
A lenda De Osíris (quando os deuses caminhavam sobre a terra): No tempo das dinastias Osíris era o quarto deus que reinava na terra, o quarto depois de Shu, Ra e Geb. Seus predecessores haviam se retirado para os céus cansados e deprimidos por não terem conseguido educar os homens. Só um deus que aceitasse conviver com as leis que cerceavam a humanidade no que diz respeito ao sofrimento, destino e morte - ajudado pela esposa - poderia ensinar aos homens a cultivar o trigo, transformá-lo em farinha e pão, a amassar a uva para fazer vinho, a preparar a cerveja e fabricar as armas para se defender das feras, além de ensinar como viver em comunidades depois de fundar uma cidade. Osíris possuía esta condição porque Isis, sua irmã e esposa, curavam os enfermos, afastava os espíritos malignos e ensinava para as mulheres as artes femininas.
O Egito encontrava-se na idade do ouro e Thot, deus das ciências e das artes, companheiro e amigo de Osíris, aceitara deste a tarefa de ensinar aos egípcios a ler e escrever. Depois de algum tempo, quando Osíris julgou que poderia se ausentar para estender a sua missão ao resto do mundo, deixou a regência do trono à sua esposa Ísis e partiu. Seu irmão Seth, entretanto, que não tinha galgado o trono por ser o menor, passou a tramar para assumir o poder enquanto Osíris estivesse ausente. Mas Isis, vigilante, conseguia sempre desfazer seus planos.
Osíris, depois de concluir sua missão retornou ao Egito acompanhado por Thot e Anúbis - este ultimo o deus dos mortos. Era o momento que seu irmão Seth aguardava. Organizou uma grande festa para homenagear o irmão e durante o banquete apresentou um magnífico baú cravejado de pedras preciosas, dizendo: para lembrar esta data, entregarei este rico baú para aquele que, entrando nele, ocupe com o seu corpo todo o espaço existente. Como havia sido fabricado para abrigar o corpo de Osíris que era maior do que todos, os convidados que nele entravam, por terem um físico menor não atendiam as exigências do jogo. No fim, aplaudido pelos convivas, coube ao rei entrar no baú e este, como não podia deixar de ser, lhe serviu perfeitamente.
No mesmo instante que Osíris entrou no baú, Seth, com a ajuda de seus cúmplices, o fechou hermeticamente e depois o jogou nas águas do Nilo. Os deuses presentes, aterrorizados, para fugir as garras de Seth e seus cúmplices assumiram formas de animais e fugiram. Ísis, impotente e desesperada, com a ajuda de Thot também fugiu para logo depois, acompanhada por sete deusas transformadas em escorpiões: Tefen, Befen, Mestet, Mestefet, Petet, Thetet e Maatet, começar a busca do baú.
Depois de muito procurar, cansadas, chegaram a um vilarejo perto dos paludes para pedir abrigo e passar a noite. Ao bater na porta da primeira casa foram atendidas por uma mulher rica que, ao ouvir o que queriam, lhes fechou a porta na cara. Irritada com o tratamento que havia sido dispensado à Ísis, Tefen, uma das deusas-escorpião, entrou por baixo da porta e, encontrado o filho da mulher, o picou envenenando-o. Para completar sua vingança colocou fogo na casa.
Enquanto isso, Isis, que continuava procurando abrigo para a noite, o obteve na casa de uma misericordiosa e humilde mulher chamada Taha, enquanto a rica Usa, que o havia recusado, procurava desesperadamente ajuda para apagar o fogo que consumia sua casa segurando o filho moribundo entre os braços.
Quando Ísis se deu conta do que havia acontecido, vendo a dor e o desespero de Usa, apiedando-se dela retirou o veneno da criança e a curou, enquanto uma chuva providencial apagava o incêndio.
No dia seguinte, Ísis reiniciou a sua busca e a continuou apesar das numerosas armadilhas que os maus espíritos a serviço de Seth lhe preparavam. Chegando a Tanis, cidade localizada no delta do Nilo, soube de algumas crianças que a corrente do Nilo havia trazido um baú que fora levado mar adentro pela correnteza. Desesperada, continuou seu caminho até chegar à cidade de Biblos onde mais uma vez lhe contaram que haviam encontrado um baú em suas praias. Desconhecia, entretanto, que o baú ficara preso entre as raízes de uma arvore, e esta, em contato com o corpo divino de Osíris, se transformara em uma esplendida acácia encerrando o baú no interior do seu tronco. Ignorava também que o rei de Biblos, vendo a linda arvore, ordenara que fosse retirada e transportada para o seu palácio.
Quando Ísis tomou conhecimento do que acontecera, passou a se transformar em uma andorinha todas as noites para poder pousar na arvore e chorando, apaziguar seu coração. Contudo, como era uma solução paliativa, logo tomou outra decisão. Diariamente ia até a fonte de água do palácio e lá sentava aguardando que chegassem as amas da rainha para buscar água. Depois de algum tempo, já amigas, passou a presenteá-las com seus perfumes de deusa. A rainha, que ouvia os relatos e via os presentes que suas amas ganhavam, curiosa, quis conhecer a estrangeira. Conhecida, tornaram-se amigas, e depois de algum tempo Isis foi nomeada governanta do pequeno príncipe herdeiro. Entretanto, mesmo estando no palácio ao lado da acácia, nada podia fazer.
Uma noite, a rainha, por não conseguir conciliar o sono, resolveu ir até o quarto do filho para vê-lo. Ao entrar no quarto de Isis com este fim ficou estarrecida: o berço estava circundado por chamas e aos pés dele havia sete escorpiões. Aterrorizada, gritou por socorro, chegaram os guardas e seus gritos acordaram o rei que chegou assustado. Enquanto isso, Ísis, que se dera conta do acontecido, chegou e com um gesto apagou as chamas. Depois de narrar sua historia, Isis esclareceu que, desejosa de agradecer a rainha por lhe ter permitido ficar perto do corpo do marido, decidira tornar o principezinho imortal e com este objetivo todas as noites acendia ao redor do seu berço as chamas da eternidade. Infelizmente, os aconte-cimentos da noite impediam a continuidade daquele ritual.
A rainha ficou triste e o rei, honrado por ter abrigado em seu palácio uma deusa, convidou Isis a lhe solicitar o que desejasse. Ísis não teve duvidas. Pediu o tronco da acácia, pessoalmente extraiu o baú do seu interior e o substituiu com deliciosos perfumes. Terminada a tarefa, a devolveu ao rei para que ele e o seu povo não se esquecessem dela.
A caminho de casa, escoltada por dois filhos do rei, sucumbindo ao desejo de ver seu esposo, pediu que a caravana parasse para e abriu o baú. Quando viu o rosto de Osíris, porem, não conseguindo se conter, seus gritos de dor encheram o ar. Aquietada, através das formulas que conhecia tentou devolver a vida ao marido. Em uma delas, transformando-se em um falcão, agitava sobre ele suas asas tentando lhe incutir o sopro da vida. Percebendo que não teria sucesso utilizou uma nova formula e esta permitiu que Osíris, mesmo morto, a fecundasse.
De retorno ao Egito, escondeu o baú em um lugar afastado, entre os pântanos, para protegê-lo de eventuais perigos, mas apesar deste cuidado, uma noite, enquanto Seth caçava por aquelas paragens, viu o baú porque a claridade da lua fazia brilhar as pedras preciosas que nele estavam incrustadas. Sem acreditar no que via, Seth abriu o abriu e reconheceu seu irmão. Enraivecido, cortou o corpo de Osíris em quatorze pedaços e atirou cada um deles em diferentes localidades do Egito.
Quando Ísis se cientificou a respeito do que acontecera, desesperada, partiu mais uma vez em busca do corpo do marido e, após ter encontrado as quatorze partes, recompôs o corpo. Alguma coisa faltava, porém. Era o membro viril que havia sido devorado por uma fera. Logo, nos locais em que Seth havia jogado os 14 pedaços de Osíris, para que ninguém esquecesse o que acontecera, surgiram templos e capelas. Ísis, então, chamou sua irmã Nefthi - esposa inocente do malvado Seth, Thot, Anúbis e os demais deuses. Estes, através de seus conhecimentos, iniciaram os trabalhos para prepará-lo para a nova vida.
Anúbis ungiu o corpo de Osíris com ungüentos, o enfaixou e recobriu de talismãs, iniciando assim o processo de mumificação. Depois, sobre os muros do sepulcro, em Abido - cidade do alto Egito - onde se encontra o templo de Seth, foram esculpidas as formulas mágicas deste ritual, e ao lado do sarcófago foi colocada a sua estatua. Osíris finalmente ressuscitou, mas, como não podia mais reinar sobre a terra, foi eleito rei daquele lugar além do horizonte protegido dos ventos.
Concluído o ritual de sepultura, Ísis retornou aos pântanos e la se escondeu para proteger a si mesma e a Hórus, o filho que crescia em seu ventre, da perseguição de Seth. Quando Hórus nasceu Ísis o protegeu e sobre ele chamou o amparo de todos os deuses e enquanto crescia lhe ensinou as ciências e o culto do pai. Hórus cresceu como o sol nascente. Seu olho direito era o sol e o esquerdo a lua, enquanto seu espírito era um grande e luminoso falcão que singrava os céus. Quando atingiu a idade apropriada Osíris voltou sobre a terra e fez dele um soldado. Como tal, Hórus reuniu os amigos fieis a seu pai, o rei traído, e partiu a procura de Seth para vingá-lo.
A grande batalha se prolongou por três dias e três noites. Seth e seus aliados se transformaram nos mais impensados animais para tentar fugir da derrota. Hórus conseguiu mutilar Seth, mas este, transformando-se em um grande porco preto, engoliu o olho esquerdo de Hórus. A lua então cessou de brilhar e a humanidade ficou atônita.
Quando finalmente Seth estava para sucumbir, Ísis apareceu e pediu ao filho Hórus para que terminasse o massacre, porque Seth, mesmo com tudo o que havia feito, continuava sendo seu irmão alem de marido da irmã Nefthi. Hórus, envolvido na batalha, sem se dar conta do que estava fazendo decepou a cabeça da mãe com um golpe de espada. Então Thot, que estava perto, colocou no pescoço de Isis uma cabeça de vaca e assim a curou imediatamente. A batalha então reiniciou sem que houvesse vencidos ou vencedores, até que Thot se impôs e exigiu que terminasse.
Acalmados os ânimos, como Seth estava gravemente ferido, depois de lhe determinar que devolvesse o olho a Horus para que a lua voltasse a iluminar as noites, o curou. Intervieram então todos os deuses e colocaram a questão sob o juízo de Thot. O processo durou oitenta anos. Seth acusou Hórus de não ser o filho de Osíris por ter nascido muito tempo depois da morte do pai, e Hórus se defendeu afirmando que Seth tinha má fé. O tribunal divino finalmente sentenciou que Hórus assumisse o reino do baixo Egito, e Seth o alto Egito.
O livro Dos Mortos: O livro dos mortos é um documento original com 23.7 metros de comprimento que é conservado no British Museum de Londres. O papiro retroage ao segundo período intermediário e contem cerca de duzentas formulas – uma repetição dos textos que são vistos nas pirâmides e nos sarcófagos - aparentemente escritos por Thot atendendo pedido de Osíris, que descrevem o processo que deve ser seguido para julgar os defuntos e estabelecer o destino da alma, porque que somente Osíris detém o poder de devolver a vida depois da morte, uma vez que ele mesmo, passando por este processo, havia ressuscitado.
No capitulo 125 deste livro é descrito o processo a que se submeteu o escriba Ani quando partiu na sua viagem para o além, e esta descrição começa no momento em que Ani formula a Tem-ra, o chefe dos deuses de Heliopoli, esta pergunta: quanto tempo me resta para viver? Tem-ra então responde: Não se preocupe porque você continuará existindo por milhões e milhões de anos.
O livro foi chamado o Evangelho de Osíris porque procura transmitir, através de seus ensinamentos, os conhecimentos que permitem ao homem alcançar a vida eterna depois da morte. Esta, contudo, só pode ser obtida se o defunto viveu uma vida pura e bondosa ao longo do período em que permaneceu na terra. Desse modo, os espíritos que são julgados bons são levados até Osíris, no céu, onde permanecem pela eternidade, enquanto os maus são destroçados pelo demônio.
O escriba Ani é conduzido à sala de julgamento onde os 42 deuses responsáveis lhe pedem que afirme, se for o caso, que não cometeu nenhuns dos 42 pecados terrenos. Em outras palavras, ele deve se proclamar inocente em relação a cada um dos 42 pecados. Enquanto Ani cumpre esta tarefa, Anúbis, o deus dos mortos, coloca seu coração sobre um dos pratos da balança divina depositando sobre o outro uma pena de íbis, enquanto o escriba Thot registra o resultado.
Se o coração de Ani fosse mais pesado do que a pena – devido ao peso dos pecados cometidos, ele seria condenado à morte e seu coração entregue ao grande devorador. No entanto, como aconteceu o contrario - seu coração era mais leve do que a pena - foi levado por Hórus até Osíris para receber o premio da vida eterna.
Durante estes rituais, os vivos cantam orações em favor dos falecidos relacionados no livro dos mortos. Os capítulos deste livro - ou versos - eram comumente esculpidos em tabuas e colocados ao lado do corpo ou desenhados nos sarcófagos. Esse processo garantia que os espíritos dos bons fossem levados até Osíris e através dele para a estrela Órion, no céu, onde dar-se-ia a ressurreição para a vida eterna.
“Depois de perpetuarem nas Pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral”.
A Tabua De Esmeraldas de Hermes Trismegisto - Hermes Trismegisto, o Três Vezes Grande, é o nome que os Gregos deram a Thot - o deus que no além túmulo assistia à pesagem dos corações - considerado pelos egípcios o mensageiro dos deuses por lhe transmitir os ensinamentos e por ter implementado a tradição sagrada: os rituais sagrados, os ensinamentos das artes e ciências - e entre estes a hermética, a medicina, a astronomia, a astrologia, a botânica, a agricultura, a geologia, a matemática, a música, a arquitetura e a ciência política.
Estas matérias, sempre de acordo com os gregos, eram ensinadas através dos 42 livros de Thot, sendo que o Livro dos Mortos, ou o Livro da Saída da Luz, era um deles.
É afirmado que a tabua de esmeraldas foi encontrada em uma tumba Egípcia - esta seria o tumulo de Thot - antes da era cristã e traduzida do árabe para o latim no ano 1.250 d.C.
Latim: Verum sine mendacia certum ei verissimum: Quod est inferius est sicut quod est superius, et quod est superius est sicut quod est inferius ad perpetranda miracola Rei Unius. Et sicut omnes res fuerunt Uno, meditatione Unius: sic omnes res natae fuerunt ab hac. Uma re adaptatione. Pater eius est Sol, mater eius Luna. Pootavir illud ventus in ventre suo. Nutrix eius terra est. Pater omnis telesmi totius mundi est hic. Vis eius integra est, si versa fuerit in terram. Separabis terram ab igne, subtile a spisso, suaviter cum magno ingenio. Ascentdit a terra in coelum, interumque descendit in terram, et recipit vim superiorum et inferiorum. Sic habes glorian totius mundi. Ideo fugiet a te omnis obscuritas. Hic est fortitudinis fortitudo fortis, quia vincet omnem rem subtilem; omnemque solidam penetrabit: Sic mundus creatus est. Hinc erunt adaptatione mirabiles, quarum modus hic est. Itaque vocatus sum Hermes Trismegistus, habens tres partes philosophiae totius mundi. Completum est quod dixi de operatione solis”
Português: Isto é verdade, sem mentira, certo e muito verdadeiro: O que está em baixo é como o que está no alto, e o que está no alto é o mesmo que está em baixo para fazer os milagres do ser Uno. Assim como todas as coisas provêm do ser Uno, por mediação do ser Uno, todas as coisas nasceram deste ser Uno por adaptação. O Sol é seu pai, à lua sua mãe, o vento o trouxe ao seu ventre e a terra o nutre. O pai de todas as crenças, de todo o mundo, está aqui. Sua força é integral quando convertida na terra. Separa a terra do fogo, e o sutil do espesso, suavemente, e com criatividade. Ele sobe da terra para o céu e novamente desce para a terra, recebendo as forças das coisas superiores e das inferiores. Assim terás a gloria de todo o mundo, e por este meio a escuridão afastar-se à de ti. É a força mais forte de todas as forças, porque vencerá todas as coisas sutis e penetrará em todas as coisas sólidas. Assim o mundo criado foi. Disso surgirão maravilhosas adaptações, e o método é este. É por isso que fui chamado Hermes Trismegisto, por possuir tres partes da filosofia do mundo inteiro. O que eu disse da operação Sol está concluído”.
A Filosofia Hermética se baseia nos Princípios Herméticos que estão inseridos no livro “O Caibalion“ que em Hebraico significa “ensinamento passado por uma entidade de cima“. Caibalion tem a mesma raiz das palavras: Qabala, Qibul, ou Qibal.
Estes princípios permitem o cultivo da verdade pelas mentes que os utilizam para explorar os incomensuráveis recursos que ela possui no sentido de buscar “o saber” que o resto da humanidade não consegue acessar. Estes princípios são os mesmos que ao longo dos milênios continuam sendo transmitidos, como alias é afirmado no Caibalion:
Em qualquer lugar em que se achem os vestígios do mestre,
Os ouvidos daqueles que estiverem preparados para receber seu ensinamento,
Abrir-se-ão completamente.
Sempre que os ouvidos do discípulo estiverem preparados para ouvir,
Virão os lábios para enchê-los de sabedoria.
O termo “hermético” significa secreto, primorosamente fechado, estanque, conseqüentemente, entende-se que os discípulos de Hermes Trismegisto sempre observavam o princípio do segredo em seus preceitos.
Os antigos instrutores exigiam este segredo, mas nunca por parte daqueles que efetivamente mereciam estes conhecimentos. Não os cercearam a uma única religião, desejavam que todas as tivessem sem contudo pertencer a nenhuma, uma vez que são as leis do Criador. A essência dos princípios herméticos é fonte divina, por isso é intrínseca à criação, ou seja, está presente em todas as expressões da natureza. Por emanar do Supremo Senhor, se encontra na psique de toda a humanidade. Apesar disso, historicamente, os que se predispõem a buscá-la, estudá-la e entendê-la, por ter que passar por cima dos dogmas das religiões e da ciência, sempre foram poucos. A imensa maioria, preguiçosamente, permanece aceitando como verdade inconteste às definições “oportunistas” que, desde os primeiros séculos do cristianismo foram consideradas a essência da teologia cristã, como se Deus a tivesse privado da capacidade de discernimento.
É exclusivamente por interesse, ou na melhor das hipóteses por ignorância, que estas verdades continuam sendo rotuladas de ocultismo, esoterismo ou magismo, como se estes adjetivos, em si mesmos, contivessem a maldade. Quem duvida, leia o que é esclarecido nas enciclopédias do mundo:
· Ocultismo: ciência que trata dos fenômenos que aparentemente não tem explicação pelas leis chamadas naturais como a levitação, telepatia etc.
· Esoterismo: qualificação dada nas escolas dos antigos filósofos à sua doutrina secreta, ou seja, incompreensível para os não iniciados.
· Magismo: arte tida como capaz de produzir, por meio de certas praticas ocultas, efeitos que contrariam as leis chamadas naturais,
Fonte: Enciclopédia Kogan Larousse

Em verdade é à força da criação Divina, refletida pela natureza, que é sintetizada na tábua de esmeraldas. As palavras de Jesus contidas nos Evangelhos de Tome e Maria Madalena esclarecem sobejamente isso.
Esta “energia”, que originalmente era contida na nebulosa que formou o sistema solar, é a mesma que se mantém pulsando não somente em todas as formas que a mão divina moldou no orbe terrestre, mas em todo o universo.
Esta energia cósmica, que a psique humana armazena eternamente em si mesma por ser parte integrante da criação excelsa, tanto pode ser utilizada para o bem como para o mal, visto que é a mente do homem, por meio do livre arbítrio que lhe destina o uso. Manuseando-a adequadamente, o homem tanto pode transformá-la em instrumentos mortíferos, como na luz que clarifica, na força que move maquinas que curam ou que impulsionam os meios de transporte, ou ainda em utensílios como uma faca de cozinha, corda, tijolo ou cabo de vassoura, sem que seja possível, contudo, despir esses instrumentos do potencial mortífero que lhe é inerente se operados pelas mãos de uma mente desequilibrada. Sim, até o cabo de um utensílio de limpeza, uma vassoura por exemplo, transformado em arma, mata.
Os sete princípios herméticos.
· O Mentalismo: O ”Todo” é Mente, e assim sendo, o universo é criação mental. - Este é o mais importante do todos os princípios uma vez que nele estão contidos todos os demais. A criação do “TODO”, ou seja, a realidade que se oculta atrás de todas as formas materiais existentes no cosmo, permanecerá eternamente Incognoscível a não ser que se entenda que é criação de uma Mente Vivente, Infinita e Universal. Sendo assim, por ser o homem também uma forma mental, este pode criar mentalmente à imagem e semelhança do Todo Maior.
· A Correspondência: O que está em cima é como o que está em baixo, e o que está em baixo é como o que está em cima. - A compreensão desta verdade ajuda a entender todas as manifestações da natureza porque são sempre repetitivas independentemente de onde eclodem. Os segredos da natureza se tornam compreensíveis pelo fato que todas as manifestações inicialmente são forças mentais do Todo, portanto, energias puras que se transformam posteriormente em matérias sólidas, fluídicas ou liquidas, conseqüentemente também espirituais.
· A Vibração: Nada está parado, tudo se move, e vibrando, emite energia. - As diversas criações da mente do Todo, sejam elas materiais ou espirituais, são resultantes da variação vibracional da sua energia mental. Destarte, as vibrações que as geraram nelas permanecem: grosseiras, finas ou quase imperceptíveis, na matéria inerte ou nas formas mais rudimentares de vida, até se tornarem sutis quando a mente está a caminho da sublimação.
· A Polaridade: Tudo é duplo, tudo tem pólos, tudo tem seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa, os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes no grau. Os extremos se tocam, todas as verdades são meias verdades e todos os paradoxos podem ser conciliados. - É o axioma hermético dos opostos, ou seja, dos pólos que regem a vida tal qual a conhecemos. O princípio da polaridade explica, por exemplo, que Luz e Escuridão são a mesma coisa, mesmo se aparentemente são diferentes. A razão é devida a manifestações e graduações diferenciadas em si mesmas. Esclarece também que amor e ódio, dois estados mentais aparentemente distintos, na verdade são iguais porque exprimem o mesmo sentimento. Somente a graduação é diferente. Entendendo isso, tornamo-nos cientes de que, se aprendermos a dominar a mente, mudando-lhe a polaridade tornar-se-á possível transformar ódio em amor, raiva em perdão e tristeza em alegria, não só em nos mesmos, mas também nos outros.
· O Ritmo: Tudo possue fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, tudo se manifesta por oscilações compensadas. A medida do movimento à direita é a mesma medida do movimento a esquerda, o ritmo é a compensação. - Como as marés cujo fluxo e refluxo parece aumentar e diminuir o volume de água que chega na praia, tudo no universo, e conseqüentemente na vida, sofre o mesmo ritmo, o mesmo fluxo e refluxo. Na terra visualiza-se nas praias e no espaço medindo-se as ondas cósmicas, que nada mais são do que forças centrifugas gravitacionais ou demais variações magnéticas. Todo o cosmo, e por redundância o espaço do sistema solar, é percorrido por fluxos e refluxos energéticos que emanam ou ricocheteiam em cada corpo celeste, projetando-se novamente em novas trajetórias.
Este ritmo de ondas que vem e ondas que vão, entre os planetas e conseqüentemente na terra, são responsáveis não só pelas alterações climáticas conhecidas, mas também pelo movimento das placas tectônicas, pela explosão dos vulcões, pelos terremotos e por todas as alterações da crosta terrestre.
As plantas, os animais e os homens, também sofrem quando são atingidos por estes fluxos e refluxos rítmicos, e os transtornos causados são facilmente notados. A vida vegetal é atingida pelas variações climáticas, pelas pragas, e pelas alterações que os inúmeros níveis possíveis de umidade provocam ao solo, enquanto que a vida animal é golpeada seja por enfermidades que podem provocar a extinção de determinadas raças, bem como pela ausência de alimentação quando esta desaparece pelas razões citadas.
No homem as marés cósmicas - ventos solares - ou demais energias que chegam do espaço, também causam numerosos transtornos: enfermidade causada pela proliferação exagerada de bactérias, pelas alterações comportamentais das células do seu corpo e conseqüentes doenças provocadas também pelo bombardeio de determinadas energias emitidas pelo sol e demais estrelas existentes nas galáxias que nos rodeiam. Estes fluxos e refluxos causam ainda alterações comportamentais como o humor, ou seja: alegria, raiva, tranqüilidade, depressão, agressividade, ódio, amor etc., podendo ainda causar distúrbios de maior gravidade como a neuroses, impotência, etc., que são desequilíbrios causados pelos neurônios quando as forças magnéticas que tem origem no espaço ao aqui chegar alteram o equilíbrio vibracional destas células.
· A lei de causa e efeito: Toda causa tem seu efeito e todo efeito tem sua causa; tudo acontece de acordo com esta lei. O ”acaso” é tão somente o nome dado aos acontecimentos quando esta lei não é reconhecida. Pode haver muitas interpretações a respeito do que é casualidade, todas elas, porém, integram a mesma lei. - Nada acontece se não há uma razão e esta sempre existe para todas as coisas que ocorrem mesmo se ao nível do consciente a desconhecemos. Para que esta lei seja superada, tornada inócua, basta conhecer como. A meditação, o estudo e a fé são sempre o caminho para alcançar a compreensão. Quem deseja trilhar este caminho deve mentalmente elevar-se acima da grande massa humana, do coletivo, onde o bem estar material é mais importante do que o espiritual, e não temer ser considerado pelos outros um ser anômalo. Para fugir desta lei, que ata o individuo a repetidas reencarnações, deve-se antes de qualquer coisa controlar a mente, e por redundância, os pensamentos, porque são estes que dirigem as ações para o bem ou para o mal.
· O Gênero: O gênero está em tudo, tudo tem seu principio masculino e o seu princípio feminino. O gênero se manifesta em todos os planos.
Este principio, que lembra o da polaridade: norte sul, positivo negativo, forte fraco, alto baixo, saudável doentio, masculino feminino etc., está presente no plano físico, mental e espiritual. A manifestação no físico é o sexo, no mental é a conceituação e no espiritual é a lembrança. Pode-se afirmar assim que “Todas as manifestações do Todo” possuem em sua essência os dois gêneros, ou seja, o princípio masculino e o feminino. A medicina hoje demonstra claramente isso ao determinar, quando os pais o desejam, o sexo da criança que está sendo esperada. Não tem acesso, no entanto, aos conhecimentos que lhe permitiriam antever, e conseqüentemente evitar, o serio “imbróglio” que vai causar no intimo daquela criatura se a sua intervenção inverter o que “a natureza” ia determinar.

As ciências psíquicas da atualidade eram familiares aos magnos sacerdotes dos templos. O destino e a comunicação dos mortos e a pluralidade das existências e dos mundos, eram para eles, problemas solucionados e conhecidos. O estudo de suas artes pictóricas positivavam a veracidade destas nossas afirmações. Num grande numero de afrescos, apresenta-se o homem terrestre acompanhado do seu duplo espiritual. Os papiros nos falam de suas avançadas ciências nesse sentido, e, através deles, podem os egiptólogos modernos reconhecer que os iniciados sabiam da existência do corpo espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas. Seus conhecimentos, a respeito das energias solares com relação ao magnetismo humano, eram muito superiores aos da atualidade. Desses conhecimentos nasceram os processos de mumificação dos corpos, cujas formulas se perderam na indiferença e na inquietação dos outros povos.
Seus reis estavam tocados do mais alto grau de iniciação, enfeixando nas mãos todos os poderes espirituais e todos os conhecimentos sagrados. É por isso que a sua desencarnação provocava a concentração mágica de todas as vontades, no sentido de cercar-lhes o tumulo de veneração e de supremo respeito. Esse amor não se traduzia, apenas, nos atos solenes da mumificação. Também o ambiente dos túmulos era santificado por um estranho magnetismo. Os grandes diretores das raças, que faziam jus a semelhantes consagrações, eram considerados dignos de toda a paz no silencio da morte. Nessas saturações magnéticas, que ainda aí estão a desafiar milênios, residem as razões da tragédia de Lorde Carnarvon e de alguns dos seus companheiros que penetraram em primeiro lugar na câmara mortuária de Tut Ankh Amon, e ainda por isso é que, muitas vezes, nos tempos que correm, os aviadores observam o não funcionamento dos seus aparelhos radiofônicos, quando as suas maquinas de vôo atravessam a limitada atmosfera do vale sagrado.
Fonte: livro “A Caminho da Luz” pelo espírito Emmanuel
E psicografado por Francisco Candido Xavier.

Um comentário: